DEPOIMENTOS SOBRE LEITURA E ESCRITA

DEPOIMENTO DE REINALDO MARUM DE OLIVEIRA
Colegas de trabalho e luta pela educação de qualidade na escola pública. Lendo praticamente todos os depoimentos, encontrei nas estórias da Darsone, Izanete, Sílvio, etc...Relatos de uma infância parecida com a minha, pois eu também tive o meu pai (David) como facilitador da minha leitura. Papai é uma pessoa maravilhosa, de uma humildade e simplicidade que encanta a todos que o conhecem. Atualmente com 82 anos e com apenas a 1ª série incompleta, ele contava estórias para nós quando criança, sentavamos ao redor da mesa, com luz de vela e lampião e ele contava cada estória maravilhosa que nós (5 irmãos), lembramos até hoje e se pedir para papai, ele conta os detalhes como naquela época dos anos 70 (quando eu tinha 4 ou 5 anos).
E essa estórias, foram propulsoras para eu tomar gosto por leitura, tanto de gibis (como o Sílvio relata), quanto de livros religiosos que papai assina até hoje ("Estrela do Mar" e "O mensageiro de Santo Antônio" e outros) isso depois dos 8 ou 9 anos. Aos 10 anos, já tinha a cobrança de ler para "tirar" nota e lembro da "Ilha perdida", coleção Edidouro e, dos 11 em diante, qualquer coisa que interessava a um garoto da época, eu estava lendo, tanto é que li toda a coleção da minha irmã de: Bianca, Júlia, Sabrina (o leitura boa para sonhar, imaginar, etc... kkkk).
É isso aí pessoal, acho que foi válido, pois eu consegui redigir a minha dissertação de mestrado sem precisar de corretores especializados (professores da Lingua Portuguesa) e ela passou sem muitos questionamentos por parte da banca examinadora. Por isso, creio que todos tem capacidade para avançar um degrau a mais na sua vida, com a leitura de qualquer coisa que tenha uma estória condizente e fundamentada e que o "seduza" para aquele momento ou que seja eternizada na sua memória.

9 comentários:

  1. E aí pessoal. Comentem para dar ibope rsrsrsss...

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  2. Meu pai também fazia da mesma maneira, me emociono de lembrar daquela época.. Talvez nós como professores e contadores de histórias para nossos alunos, quem sabe podemos fazer parte da vida deles como uma lembrança boa da escola.

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  3. Meu pai ao contrário dos seus, era e é muito quieto, nunca foi de contar HISTÓRIA, mas sempre incentivou os sete filhos a estudar.
    Comecei a ler meio tarde pois, tinha pânico de escola, estudei até meados do 2º ano e só voltei para a escola com 13 anos de idade.
    Foi sofrido, tive que estudar muito e acabei alcançando meus colegas.
    Hoje me sinto realizada, já com 21 anos de sala de aula, procuro inovar sempre e aprender cada vez mais.
    E a escrita? Tinha vergonha de escrever para os outros, pois quando criança apenas eu, lia o que escrevia, mas com o passar do tempo, com várias premiações pela escrita, venci essa vergonha e hoje escrevo sem medo de errar, pois só erra quem faz.
    Incentivo muito meus alunos a ler e a escrever.

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  4. Meu pai, infelizmente nunca me incentivou a ler, estudar, pois ele dizia que mulher não tinha que estudar,e a única coisa que tinha que aprender era a cozinhar,limpar e cuidar dos filhos e do marido. Ainda bem que não segui suas falas; o que eu estaria fazendo hoje se não tivesse estudado? Cozinhar?? Sou péssima na cozinha. Cuidar de marido? Sou péssima "cuidadora" de marido, por isso ha me casei e me separei duas vezes kkkk. Enfim, foi a primeira vez que desafiei meu pai e disse ele iria estudar sim. Queria muito aprender e graças a Deus consegui, bom, ainda falta muita coisa para aprender, mas estou indo no caminho certo.

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  5. Minha experiência como leitor quando estudante do ensino fundamental partia do princípio que o professor de Língua Portuguesa determinava o tema do livro a serem lidos, nossos pais tinham que compra-los, fazíamos a leitura para em seguida fazer uma prova com cinco questões. Li quase todos os livros da coleção vagalume entre eles Tonico, Os barcos de papel, Tonico e carniça, entre outros, ainda bem que eram livros gostosos de fazer a leitura e que instigavam nossa imaginação e muitos deles eu lembro a história até hoje. Hoje, gosto muito de ler jornais, revistas, artigos e quanto aos livros gosto de qualquer gênero literário, pois todos eles enriquecem nosso conhecimento.

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  6. Nossa que maravilha ler todos esses depoimentos; Muito bom poder ter contato com tudo isso, acredito que essa deveria ser uma prática dos espaços educacionais, quanta experiência compartilhada. Eu sempre fui "ratinho de biblioteca", desde muito cedo tinha verdadeira paixão pela leitura. Sou fã de clássicos escritores, amo poesia. Escrevo pensamentos e poesias como um hobby, lembro me que na minha terceira série do ensino fundamental eu escrevi um texto cujo tema era "Minha vida", tenho o caderno guardado até hoje, a professora na época me elogiou na frente dos colegas, apesar de ficar encabulada foi simplesmente inesquecível a sensação de reconhecimento, desde então nunca parei de escrever... Fiz muitos textos, sou autora de muitas poesias... acredito que com aquele singelo gesto de valorizar meu trabalho, aquela inesquecível professora deu asas ao meu pequeno ser em formação. Sou leitora nata e transfiro isso aos meus alunos, principalmente aos menores, que se encantam com a beleza das palavras. Tenho muito para compartilhar sobre minha experiência com a leitura e escrita, mas por hoje é só. Volto em breve!!!

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    1. Oí Priscilla. Legal a sua fala sobre a escrita e poesia, publique aqui algumas delas! Ou melhor, você está aceita no blog, vamos criar um nova página (ícone) sobre poesias! O que acha? Vamos lá!!!

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  7. Belo depoimento. Gostei da sua emoção em demonstrar que os exemplos vem de casa! O seu pai deve ser diferenciado mesmo! Parabéns.

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  8. Bom dia!!!! Também tive um bom exemplo de leitor em minha casa, meus pais apesar de pouca escolaridade tinham o hábito da leitura e isso os fez cultos e com um grande diferencial, acompanhava a evolução dos tempos, pois foi com as informações que foram somando ao longo da vida que trouxeram os saberes na criação dos filhos.

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